O Pix facilitou a vida dos usuários ao permitir que pagamentos e transferências bancárias sejam feitos durante 24 horas por dia, 7 dias por semana e em até 10 segundos. Mas, por outro lado, também atraiu tentativas de fraudes e golpes por parte de criminosos. Pensando nisso, a Febraban – Federação Brasileira de Bancos listou quatro principais golpes envolvendo o Pix e mostrou como evitá-los. O objetivo foi o de alertar o consumidor para o uso seguro do recurso e, assim, prevenir de fraudes que geram prejuízos financeiros.
Essas tentativas de golpe registradas com o Pix foram identificadas como ataques de phishing. Em resumo, se trata de uma engenharia social que visa roubar a identidade on-line, enganando o indivíduo para que ele forneça informações confidenciais, a exemplo de senhas e números de cartões.
É importante destacar que o cadastramento das chaves Pix deve ser feito diretamente nos canais oficiais das instituições financeiras, tais como: aplicativo bancário, internet banking, agências ou por meio de contato feito pelo cliente à central de atendimento.
Confira a seguir os principais golpes envolvendo o Pix divulgados pela Febraban e saiba como se prevenir.
Golpe da clonagem do WhatsApp
Em geral, os criminosos enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser de empresas em que a vítima tem cadastro. Assim, é solicitado o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Ao obter esse código, os criminosos conseguem replicar, isto é, clonar a conta de WhatsApp em outro celular. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado por transferência via Pix.
Para evitar que o WhatsApp seja clonado, deve-se habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas”. Para isso, basta ir em Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas. Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo aplicativo. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitadas em links recebidos.
Golpe de engenharia social com WhatsApp
Outra fraude feita por meio do WhatsApp é quando o criminoso escolhe uma vítima, pega sua foto em redes sociais, e, de alguma forma, consegue descobrir números de celulares de contatos da pessoa. Com um novo número de celular, o criminoso manda mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número devido a algum problema, como, por exemplo, um assalto. A partir daí, pede uma transferência via Pix, dizendo estar em alguma situação de emergência. Por isso, a Febraban alerta que é” preciso ter muito cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário”.
Para evitar cair no golpe, ao receber uma mensagem de algum contato com um número novo, é preciso certificar-se que a pessoa realmente mudou seu número de telefone. Por isso, deve-se suspeitar sempre quando um contato envia mensagem solicitando o envio de dinheiro de forma urgente. Sendo assim, nunca faça transferência até falar com a pessoa que supostamente pediu o dinheiro.
Golpe do falso funcionário de banco e das falsas centrais telefônicas
Outros golpes praticados são os do falso funcionário e falsas centrais telefônica de instituições financeiras. Nesse caso, o criminoso entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento ativo. O criminoso oferece ajuda para que o cliente cadastre a chave Pix, ou ainda diz que o usuário precisa fazer um teste com o sistema de pagamentos instantâneos para regularizar seu cadastro, e o induz a fazer uma transferência bancária.
Para evitar ser vítima do golpe, sempre entre em contato com seu banco para obter esclarecimentos. Vale ressaltar que os dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras. Além disso, funcionários de bancos não ligam para clientes para fazer testes com o Pix.
Golpe do bug do Pix
Outra ação envolvendo o Pix é o golpe do “bug”, isto é, falha que ocorre ao executar algum sistema eletrônico. Há várias mensagens e vídeos divulgados nas redes sociais por criminosos que afirmam que, graças a um “bug” no Pix, é possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias. Porém, ao fazer este processo, a vítima estará, na verdade, enviando dinheiro para os golpistas.
Os canais oficiais do Banco Central já alertaram que não há qualquer “bug” no Pix. Desconfie sempre de mensagens que prometem dinheiro fácil e rápido que chegam pelas redes sociais ou por e-mail.
Fonte: Febraban – Federação Brasileira de Bancos