Os clientes da nossa Previdência Usiminas são majoritariamente idosos. Eles representam quase 20 mil aposentados e pensionistas, portanto, um olhar acolhedor e respeitoso a essas pessoas é uma competência importante que devemos ter. Por isso, no mês do Orgulho LGBTQIA+, o Grupo de Diversidade e Inclusão escolheu trazer uma abordagem com foco na população da 3ª idade LGBT. No Brasil, 2,9 milhões de pessoas se declaram lésbicas, gays ou bissexuais, segundo dados do IBGE.
A velhice LGBT é marcada por uma dupla invisibilidade, relacionada à idade e à sexualidade, questões que acarretam, inclusive, em necessidades de saúde particulares. A População idosa LGBT encontra-se sob maior risco de desenvolver doenças crônicas como diabetes e hipertensão devido à dificuldade e preconceito encontrado ao procurar acesso aos serviços de saúde. Isso se agrava no campo social e individual, o que pode aumentar os riscos para doenças como demências e até mesmo o Alzheimer.
De acordo com o estudo realizado neste ano, por pesquisadores do Hospital Albert Einstein, da Faculdade de Medicina da USP e Universidade de São Caetano do Sul, publicado na revista científica Clinics, o acesso à saúde, tanto ao SUS quanto na rede particular já é mais difícil para pessoas LGBTQIA+ com mais de 50 anos. A equipe analisou as respostas de 6.693 pessoas em todo o Brasil. Dentre os entrevistados, 1.332 se identificaram como LGBTQIA+.
Entre os levantamentos realizados, a pesquisa identificou que 74% das mulheres heterossexuais haviam realizado pelo menos uma mamografia na vida, enquanto as mulheres que se encaixam na sigla LGBTQIA+ era de apenas 40%; 34% dos respondentes disseram que os profissionais de saúde que já os atenderam sequer sabiam a sua identidade de gênero ou orientação sexual, informações relevantes para diagnósticos e tratamentos. Além disso, 53% disseram que acreditam que os profissionais de saúde não sabem lidar com as particularidades da sua saúde.
Em 2017, o então Coletivo e hoje ONG Eternamente SOU, que tem como objetivo dar visibilidade às questões que norteiam o segmento e capacitar profissionais da saúde sobre o tema, começou a realizar eventos específicos para capacitar profissionais de saúde por meio de alguns seminários como: Seminário Velhices LGBT, Curso de Introdução às Velhices LGBT e Papo Diversidade.
Pesquisas e discussões futuras são necessárias para a criação de ambientes de saúde mais inclusivos para o combate da solidão e isolamento social dessas pessoas, fazendo com que o cuidado geriátrico e gerontológico seja cada vez melhor.
Sendo assim, como aproximar-se de uma geração LGBTQIA+ que envelheceu ouvindo que sua orientação sexual ou identidade de gênero eram uma doença? Para compreender como melhor acolher esse público, entender sobre as famílias de escolha e as vulnerabilidades desse público, clique no link abaixo.
Fontes: Carta Capital; Portal Uol; Agência Brasil